Turismo em Macapá movimenta R$ 49,7 milhões em 2017 e hospedagens sobem 56%

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Após dois anos seguidos de queda na procura e na arrecadação, o setor de turismo em Macapá voltou a apresentar elevação no ano passado, de acordo com números do Censo Hoteleiro 2017. A arrecadação chegou R$ 49,7 milhões contra R$ 30,3 milhões arrecadados em 2016.

O crescimento superior a 50% é resultado da procura de 54.251 hóspedes que ocuparam 162.753 diárias em 45 meios de hospedagem, entre hoteis, balneários, aparts, hostels e pousadas. O turismo de negócios (82,4%) ainda é o mais visado pelos turistas, seguido por eventos (9,3%) e lazer (3,2%).

“A gente percebe o resultado das ações em várias áreas, como gastronomia, turismo de aventura, de eventos, e foi assim no ano passado, como congressos nacionais que ocorreram por aqui, como arborismo e odontologia”, declarou Juliane Pereira, diretora-presidente do Instituto Municipal de Turismo da capital (Macapatur). 

  Os profissionais do setor destacam que apesar da procura para o turismo executivo, qualquer movimentação de turistas na capital atinge os setores de gastronomia e transporte. Para 2018, a proposta será aumentar a participação em datas como Carnaval e Equinócio das Águas.

A procura dos turistas no ano passado foi maior no mês de setembro, que liderou as ocupações, seguido por outubro e junho. Períodos de férias como janeiro e dezembro estão entre os menos procurados. Os dias de semana de maior presença foram às segundas e terças-feiras.

Os visitantes vindos do Pará foram os responsáveis por 41,8% da ocupação, em função da proximidade geográfica e a rapidez no acesso aéreo e fluvial. Em seguda, vieram os turistas de São Paulo (19,1%), Distrito Federal (14,5%), Maranhão (5,6%), Ceará (5,1%) e Rio de Janeiro (3,2%). 

  “O Censo Hoteleiro é fundamental para as diversas pastas de gestão pública, para planejarem as políticas de turismo para os próximos anos. O mercado também tem importantes dados nesta pesquisa para ajudar os empreendedores a tomarem decisões acertadas”, reiterou Juliane Pereira.

Além da capacidade, os empresários do setor listaram as dificuldades nos locais de hospedagem ao longo do ano, e de forma disparada, as deficiências e o custo de energia elétrica foram o maior problema apontado. A oscilação no serviço público oferecido acarretou em gastos excedentes.

“Após anos de crise, e de um 2016 terrível, o setor ampliou a capacidade e reagiu no mercado. Além da procura, o fluxo de passageiros no aeroporto de Macapá que caiu nos últimos dois, voltou a subir”, apontou o turismólogo Sandro Bello, da Associação Brasileira de Profissionais do Turismo (ABBTur).

Fonte: G1 Amapá 

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